Já fui folião, fiz folia, dei muitas voltas no salão, brinquei na praia, fiquei recluso, trabalhei nas quatro noites no palco, viajei pra espairecer, fiz plantão pra cobrir os acontecimentos durante o carnaval. Ora na bagunça, ora no anonimato. Tenho experiência e vivência pra dizer: "dá um tempo, quero minha brincadeira e também meu retiro em meio ao silêncio do meu aconchego, com meus livros, filmes e nada mais!".
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Logo mais a Portela entra na avenida. Minha eterna namorada: fiel, só aparece uma vez ao ano, fantasiada assumida, com a verdadeira máscara, mostra seu enredo, não faz drama e seus componentes são avulsos, não são a prole. E se eu quiser desligá-la, basta teclar o botão. Existe melhor companheira que essa?
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Hoje pela manhã esbarrei com uma "apostila", pra ser mais justo, um vasto material de uma disciplina da Especialização. Apesar dos distantes 12 anos que me separam do curso, o conteúdo está mais atualizado do que nunca (ou sempre). Bateu vontade de retornar aos estudos. Academia, me aguente...
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(re)Li Umberto Eco. Antes do advento da internet, ele já comentava sobre sua aposta de que o livro convencional tão cedo não sairia das prateleiras. Simpático às novas tecnologias, o teórico/professor/comunicólogo/escritor italiano (e do mundo!) se pautava no charme e romantismo no paupável livro e crente de que os recentes formatos seriam bem-vindos e benquistos.
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Umberto Eco já estava a anos-luz quando provocou a academia e os acadêmicos quanto à aversão destes aos meios de comunicação de massa. Crítico dos críticos, ele lançou o desafio de que "se os meios de massa fazem mal à educação, lembro que o livro é também um meio como tal!". Silêncio geral! Mais um ponto de Eco. No trocadilho, ele ecoa sem limites.
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Deu vontade de dar o nome de minha cafeteria de "Apocalíticos e Integrados". Pode, Eco?
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Eu estive "perto" de Eco, indiretamente considerando. É que o jornalista e escritor catarinense por nascimento, paranaense por adoção, Manoel Carlos Karam, era colega do italiano. Trabalhei com Karam em 2004, numa revista sobre meio ambiente que "não saiu do lugar". Se a (des)estrutura da publicação foi pífia, valeu pelo contato e amizade com Karam (torcedor Coxa Branca infinitas vezes mais fanático do que eu), dono de uma invejável cultura e de uma simplicidade fora do comum. Lembro quando, em 2006, morando em Salvador, escrevi a ele contando que vi o então recente livro dele numa estante de uma livraria na Boa Terra. Karam se foi, no final de 2006!
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"Eu tenho saudades é do futuro", dizia Karam. Por isso, quem sabe, resolveu saber o que rolava no outro lado. Cansou daqui!
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A reunião profissional ficou para amanhã, com desdobramentos para "quando depois do carnaval passar". Perguntaram-me por que amanhã, se é feriado?
- Meu sócio e eu não temos calendário, somente agenda. Nós não temos relógio, mas tempo a ganhar.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
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