sábado, 20 de julho de 2013

O Circo Broadway está na cidade




LUCIANO DEMETRIUS
De Luís Eduardo Magalhães (BA)

Antes de escolher um lugar na plateia, o público é recepcionado pela dupla de palhaços “Fuleragem” e “Xameguinho” que em meio a uma brincadeira e outra os dois cumprem também o papel de vendedores. “Vai um palhacinho aí? São só cinco reais”, diz Fuleragem enquanto demonstra um fantoche de palhaço. “Tem também o gira-gira luminoso com GPS e acessórios”, brinca seu colega Xameguinho que diz ao repórter: “Você está contando quantos assentos vazios têm aqui?”, referindo-se aos poucos lugares ainda ocupados cerca de meia hora antes do espetáculo, na noite de sábado, 6. Esta é a atmosfera do Circo Broadway, em Luís Eduardo Magalhães desde a sexta-feira, 5, e com pretensões de ficar na cidade por até 15 dias.
Em atividade desde 1979, o circo não foge à regra do setor cuja característica é a administração e a arte familiar. Criado em Belo Horizonte, o Broadway pertence à família Ramito. “Eu nasci no circo, não há como fugir dessa realidade e nem como ter outra escolha. A estrada é a nossa casa”, afirma Ronaldo Ramito Júnior, 32 anos, responsável pela administração e núcleo artístico da companhia. “No circo faz-se um pouco de tudo. Ora você está ajudando na bilheteria, ora na divulgação ou então auxilia a equipe no palco”, frisa.
Com previsão para início da sessão às 20h30, o espetáculo sofreu atraso de 22 minutos. Às 20h52, já com cerca de 200 pessoas (evidentemente que a maioria formada por crianças de até 12 anos) as luzes se apagam. O Homem Pássaro é a primeira atração. O ator faz acrobacias e “sobrevoa” a plateia. Ganhou a simpatia e causou fascínio nas crianças.
Daí em diante, o Mágico do Futuro, os já “conhecidos” palhaços Xameguinho e Fuleragem, as trapezistas da Família Tangará (mãe e filha) e a moto aérea (com performance de dois atores sobre cabos acima do palco) dão o tom até o intervalo, às 21h45.
Nos 15 minutos previstos para a pausa, percebia-se o encanto do público infantil. Prova disso era o quarteto formado pelo pequeno João Gabriel (três anos) e pelos adolescentes Bruno Vinícius, Thaísa e Kainan. Acompanhados do comerciante Manoel Ribeiro e de sua esposa Jaque Ribeiro, pais de Bruno Vinícius. “As outras três crianças são filhas de amigos nossos”, disse Manoel Ribeiro. “Hoje é um dia especial, pois meu filho completa 11 anos”, entregou o comerciante. Para o aniversariante, a melhor parte do espetáculo ficou por conta da primeira atração. “O Homem Pássaro foi o melhor de todos. Incrível o que ele fazia no palco”, elogiou. Já para João Gabriel, o destaque ficou por conta dos palhaços. Sem saber o nome das atrações preferidas, arriscou: “Gostei mais foi do Patáti e Patatá”, disse em referência à dupla que apresenta um programa de tv.
Após o intervalo, outras intervenções do mágico, dos palhaços e as atrações finais: o malabarista e o trio de motociclistas que “enfrentou” o globo da morte. Ao final do espetáculo, exatamente às 22h02, a plateia foi avisada de que o palhaço Fuleragem posaria para fotos com as crianças. Nem foi preciso o sistema de som completar a frase para que o palco fosse invadido pelos pequeninos. “O circo é isso. Se as crianças criaram empatia com o artista, já valeu o espetáculo”, afirmou Fuleragem. Respeitável público, até a próxima sessão.
Serviço
Circo Broadway
Rua José Cardoso de Lima, ao lado da Farmácia Pague Menos
Horários: de segunda à sexta, às 20h30; sábados, domingos e feriados às 18h e 20h30
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

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