terça-feira, 7 de agosto de 2012

O verbo Caetanear

Hoje quero me enrolar na língua de Luís de Camões. Só um inspirado e iluminado poderia ter a sensibilidade para dizer, em uma frase abstrata, a importãncia de se compreender a nossa língua portuguesa. Você já ouviu Língua? Ouça e deleite-se. Muito Romântico. Alegria, Alegria. O Trem das Cores passa na franja da encosta e anuncia que em 7 de agosto de hoje é para comemorar os 70 anos do insultado, amado, benquisto, maldito, ignorado (porém, sempre acompanhado) baiano de Santo Amaro da Purificação.
Purifica-nos desde 1967. Eu, fã, já briguei contigo, Leãozinho. Minha limitação não percebeu que você abriu portas para os compositores populares. Sozinho, nos relembrou Peninha. Você Não Me Ensinou a Te Esquecer. Encarou. E disse, aos pseudointelectuais: Não Enche!
Alguém sabe que Não Enche é resposta à Como Eu Quero, hit dos anos 80? Ele não é Lobo Mau. Mas o provoca. E ainda agradece. Lobão Tem Razão, respondeu em verso e prosa. Ele Não é Chico Buarque. É um verbo. É um descontrolado. Esquizofrênico para deixar o corpo ficar Odara.
Enquanto os homens exercem seus podres poderes, hoje é dia de conjugar o verbo. Enquanto os homens exercem seus podres poderes, índios e padres e bichas, negros e mulheres e adolescentes fazem o carnaval.
A Praça Castro Alves é do povo. É dos bregas, dos críticos, dos intelectuais, de seus admiradores, dos negros, dos bichas, dos padres, dos adolescentes e das mulheres. Das motos e fuscas que avançam os sinais vermelhos. Somos uns boçais. A minha alegria atravessa o mar e vai ancorar nesta passarela. Sua obra merece ouvir, de nós: Você é Linda! Alguma coisa está fora da ordem? Sim. Esse papo tá qualquer coisa.
Não me queixo. Eu não soube te amar. É Hoje. Vamos Caetanear o que há de bom.

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